O Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), está intensificando as ações de vigilância e combate à malária, transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles darlingi.
Nesta quarta-feira, 9, o NCM (Núcleo de Controle da Malária), departamento subordinado à CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), deu início a um curso sobre vigilância de óbitos por malária. A atividade segue até esta sexta-feira, 11, no Centro de Treinamento do Servidor, que fica na UFRR (Universidade Federal de Roraima).
Conforme o coordenador do NCM, Gerson Castro, a iniciativa conta com a parceria do Ministério da Saúde e da OPAS (Organização Panamericana de Saúde). A ideia é reduzir para zero o número de mortes pela doença no país até 2030.
“Roraima foi selecionado pelo Ministério da Saúde para ser o plano-piloto, para que seja feita a investigação das mortes por malária com o fim de identificarmos o local de infecção e que assim trabalhemos ações de controle na localidade”, disse.
As ações de vigilância e combate do Estado incluem a disponibilização gratuita de diagnósticos, tratamentos, borrifação intradomiciliar, distribuição de mosquiteiros, nebulização domiciliar e teste rápido, além de outros insumos para os municípios.
RISCOS DA MALÁRIA
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada pelo protozoário do gênero Plasmodium. A transmissão pode acontecer por meio da picada de um mosquito que esteja infectado ou pelo do uso incorreto e do compartilhamento de agulhas e instrumentos cortantes.
Em 2020, o Estado registrou 29.410 casos, representando 20,5% das ocorrências da doença da região amazônica. Até outubro deste ano, 16.814 casos e oito óbitos foram confirmados.
A atividade desta semana se destina para os profissionais que atuam na vigilância de óbitos pela malária, como a Saúde Indígena, a Vigilância Epidemiológica e Sanitária, a Atenção Primária e Especializada, além de Atendimento de Urgência e Emergência.
A técnica de enfermagem da vigilância do óbito do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Yanomami, Darla Almeida, destacou que os debates propostos no curso ajudam a tirar dúvidas dos profissionais sobre como adequar as rotinas de trabalho diante o panorama atual da doença.
“O curso é importante para nós tirarmos várias dúvidas em relação à informação do óbito por malária. O nosso estado é muito endêmico e a região em que eu trabalho é ainda mais, porque quase 100% da área indígena tem malária”, pontuou.