O Comitê Gestor Regional para retirada da vacina contra febre aftosa se reuniu com deputados na sala de reuniões da ALE-RR (Assembleia Legislativa do Estado de Roraima), a fim de discutir ações, visando a retirada da vacina com previsão para o primeiro semestre de 2023. É mais uma rodada de debates, onde se aborda todos os requisitos necessários, com o objetivo de preparar o Estado para a transição de área livre da febre aftosa com vacinação para sem vacinação.
Mas, para isso, é preciso atender 42 requisitos exigidos pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a fim de ser efetivada a retirada da vacina. Entre estes, estão: atendimento das demandas identificadas nas auditórias de avaliação de qualidade do serviço veterinário (QUALI-SV), regularizada pelo órgão federal.
Também estão entre os requisitos a ampliação das ações de fiscalização de trânsito de animais e seus produtos, avaliação e monitoramento do sistema de vigilância de doenças vesiculares, além da definição e estabelecimento de um sistema rápido e eficiente de repasse de recursos (públicos e privados) para o atendimento, em caso de emergência sanitária.
“Atendendo a todos os requisitos, a última vacinação poderá ocorrer em abril de 2023. Porém só será definida a data exata após a auditoria, que ocorrerá no próximo mês de setembro, e, de acordo com a decisão da sociedade roraimense, principalmente da equipe gestora”, enfatizou o coordenador do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa em Roraima, Marcos Duarte.
Na reunião, que contou com a participação dos representantes da FAERR (Federação da Agricultura do Estado de Roraima), Coopecarne, Ministério da Agricultura, Aderr (Agência de Defesa Agropecuária), e dos deputados Gabriel Picanço e Marcelo Cabral, foram demonstradas as próximas medidas a serem tomadas para se chegar ao objetivo da retirada.
Marcos Duarte fez a apresentação para os participantes da reunião e esclareceu os pontos importantes das ações que serão decisivas para elevar Roraima ao status de área livre de febre aftosa sem vacinação e trazer maior lucratividade para o produtor rural do Estado, além do desenvolvimento da pecuária local.
O governador Antonio Denarium ressaltou as vantagens que incidirão sobre a pecuária do Estado. “Com a retirada da vacina os produtores rurais terão muitos benefícios. Podemos destacar alguns como a diminuição de custos, o trabalho e desgaste no manejo dos animais. Mas é preciso salientar que o compromisso de todos vai aumentar, visando a vigilância ativa para reforçar os cuidados com o rebanho”, pontuou.
O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, destacou que os trabalhos serão ainda mais intensos com a retirada da vacina, pois conforme informou as ações serão voltadas para a vigilância ativa ostensiva com a participação de todos que estão envolvidos na cadeia produtiva da carne bovina. “É Preciso a participação de toda sociedade para assegurarmos a sanidade dos rebanhos de Roraima”.
O Plano de Ação do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa é determinante para evolução do bloco II, composto pelo Amazonas, Amapá, Pará e Roraima, e prevê para os próximos anos, de acordo com o atendimento aos requisitos exigidos, a mudança de status sanitário desses estados, passando de área livre com vacinação para sem vacinação.