Rádio Roraima

INCENTIVO À PESQUISA

Feira Estadual de Ciências de Roraima começa com programação no Parque Anauá

Dar espaço para desenvolver o saber científico traz resultados para a inovação e a pesquisa. Com esse objetivo, a Seed (Secretaria de Educação e Desporto), deu início a 31ª FECIRR (Feira Estadual de Ciências de Roraima) nesta quinta-feira, 21, no Complexo Poliesportivo Rivaldo Neves, no Parque Anauá.

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Foto: Fernando Oliveira

Dar espaço para desenvolver o saber científico traz resultados para a inovação e a pesquisa. Com esse objetivo, a Seed (Secretaria de Educação e Desporto), deu início a 31ª FECIRR (Feira Estadual de Ciências de Roraima) nesta quinta-feira, 21, no Complexo Poliesportivo Rivaldo Neves, no Parque Anauá.

O evento, aberto ao público, segue até esta sexta-feira, 22, e contará com a exposição de 241 trabalhos de mais de 1.200 expositores, entre alunos e professores orientadores. Os melhores projetos apresentados serão premiados nas categorias Infantil, Ensinos Fundamental I e II, Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos).

A grande novidade para 2024 é que, pela primeira vez, haverá o pagamento de passagens aéreas para os vencedores da Fecirr nas categorias, garantindo a participação desses vencedores em feiras nacionais de conhecimento científico, em vários Estados do Brasil. A novidade foi anunciada pelo governador Antonio Denarium.

“Temos um grupo de avaliação técnica de professores e coordenadores de diversas disciplinas e vamos escolher os principais projetos. Esses campeões participarão também de outras feiras de ciências em âmbito nacional. É o Governo do Estado valorizando a educação e promovendo o conhecimento. Aqui nesta feira, saem projetos inovadores para todo o Brasil. É a partir do conhecimento e da educação que vamos fazer a transformação no estado de Roraima”, destacou.

O secretário de Estado de Educação e Desporto, Mikael Cury-Rad, ressaltou que, nesta edição, a organização decidiu por centralizar a feira, trazendo todas as categorias de projetos científicos para um único espaço de exposição. Para garantir isso, a Seed prestará todo o apoio necessário quanto à logística, alimentação e alojamento (no caso de estudantes do interior).

“A Fecirr atrai novos talentos e acaba desenvolvendo nos nossos estudantes uma outra metodologia ou aprendizado que, às vezes, não podia estar sendo motivado. Então não é só a apresentação em si, mas é toda a parte pedagógica, que vem sendo trabalhada com os alunos, dando aquela luz de como eles têm que trabalhar e que vai se desenvolver e esses projetos classificados vão representar a gente em outros eventos nacionais”, pontuou.

Estudantes apresentam saber científico para a comunidade escolar

Ao todo, 241 projetos científicos estão sendo apresentados por representantes de unidades de ensino de 10 municípios de Roraima: Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caroebe, Normandia, Pacaraima, Uiramutã e Rorainópolis. Entre elas, estão 25 escolas estaduais indígenas, que apresentam 37 projetos.

Representando a Escola Estadual Indígena Olegário Mariano, da Comunidade Pium, em Bonfim, o estudante Aleixo Alexandre da Silva, de 18 anos, apresenta, junto com os colegas Daniel e Yudi, com orientação da professora Denise King, o projeto “Grafismo na Geometria Indígena: Etnomatemática”.

O trabalho tem foco na relação da geometria com o grafismo indígena, onde são utilizados triângulos, losangos e outras formas utilizadas nos traços dos povos originários.

“O projeto é praticamente tudo pra gente na nossa cultura, pois traz espiritualidade e resistência. É uma forma de a gente se expressar, uma forma de a gente viver esse projeto, que traz para nós a vivência e a cultura indígena. Hoje ela é bem rica em jenipapo e esse projeto traz para gente a pintura, os grafismos e a geometria indígena” explicou.

Estudante do Colégio Estadual Militarizado Fernando Grangeiro de Menezes, Shamuel Robert, de 18 anos, apresenta junto com as colegas Atália e Giovana, sob orientação do professor Ubiracy, o projeto “Uso e qualidade da água do Igarapé Caranã”

Inspirados pelo fato de morarem na região próxima ao igarapé que corta boa parte da zona Oeste de Boa Vista, os alunos trouxeram a discussão sobre o uso do meio fluvial para recreação e consumo próprio da população, mostrando os impactos da ação humana por meio de parâmetros físico-químicos e microbiológicos.

“É a primeira vez que a gente está se apresentando aqui na Feira Estadual de Ciências e é muito importante esse espaço. Para nós, é tudo muito novo e é gratificante a gente poder ter esse conhecimento científico e desenvolver melhor esse conhecimento. Foi de extrema importância para o nosso saber científico”, avaliou.

A 31ª Feira Estadual de Ciências conta com várias parcerias que agregam a realização do evento. Entre elas, estão a Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Roraima), a UFRR (Universidade Federal de Roraima), o IFRR (Instituto Federal de Roraima), o Iedi (Instituto de Educação e Inovação), o Sebrae-RR (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o Sicredi.