O vazio sanitário da soja está encerrado em Roraima. Agora o produtor está permitido a fazer a semeadura para a colheita de 2024. O objetivo da medida sanitária é evitar a propagação da praga ferrugem-asiática nas áreas produtivas do Estado de Roraima e quebrar o ciclo de produção de esporos do fungo.
A Portaria nº 1618 da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) de 15 de setembro de 2023 regulamenta o período de plantio no Estado, que vai de 19 do corrente mês a 26 de junho de cada ano.
Caso haja alteração de período pela SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária) do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), a agência estadual fará a comunicação oficial.
De acordo com o presidente da Aderr, Marcelo Parisi, Roraima espera chegar a mais de 150 mil hectares de soja plantada, ultrapassando os 200 mil quando inclui-se o plantio de arroz, feijão e milho também nesta conta.
Parisi ressaltou que o Estado vem crescendo exponencialmente nestes cultivos, proporcionando o aumento de emprego e renda para toda população. Destacou também que a Aderr, no intuito de proteger essas produções, tem atuado para que a sanidade esteja presente em todas as lavouras e garanta um desenvolvimento consistente no campo, ajudando o produtor a ter melhor rentabilidade com produtos livres de doenças.
“Nesta segunda-feira [18] chegou ao fim o vazio sanitário do período dessa safra, então agora o produtor está livre para poder plantar assim que desejar. Ele deve aguardar somente as condições climáticas favoráveis para começar a plantar a soja da safra 2024”, enfatizou o presidente da Aderr, Marcelo Parisi.
O gestor salienta ainda que o Programa de Controle da Ferrugem Asiática, criado em junho de 2022 pelo Governo do Estado, obedece a uma determinação do Mapa e possibilitou a criação de um cadastro de todos os produtores de soja de Roraima, o que beneficiou a implantação das ações de controle da sanidade na produção.
VAZIO SANITÁRIO
O vazio sanitário para cultura da soja é o período no qual é proibido cultivar ou implantar cultivos de soja, bem como manter ou permitir a presença de plantas vivas, em qualquer fase de desenvolvimento. É uma estratégia agrícola, segundo a Embrapa, utilizada para quebrar o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causador da praga ferrugem-asiática.
“O principal dano dessa praga é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade”, disse o diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Marcos Prill.
O controle com agrotóxicos, com o uso de produtos autorizados pelo MAPA, tem se mostrado eficiente na redução dos danos da praga na lavoura, entretanto o uso ininterrupto favorece a resistência do fungo ao controle químico.
EM RORAIMA
A ferrugem asiática da soja está presente no Brasil desde 2001. No Estado de Roraima foi detectada oficialmente por laudo oficial do Ministério da Agricultura em 2021.
Segundo o presidente da Aderr, Marcelo Parisi, a praga foi identificada em propriedades dos municípios de Alto Alegre e Iracema, sendo confirmada por laboratório oficial credenciado pelo Ministério. “Estamos atentos e preparados para realizar todas as ações necessárias ao combate da praga”, disse.
A identificação da doença ocorreu durante inspeção de rotina de plantios, quando foi realizada coleta de folhas de soja, com sintomas pelos técnicos da Aderr.