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Colheitadeira automática traz mais segurança para a extração de açaí na Amazônia

A colheita do açaí é uma atividade que envolve muita técnica e é repassada de geração em geração no coração da floresta amazônica, envolve muita habilidade e é feita com a técnica da “peçonha”, uma cinta feita de fibra vegetal que é presa aos pés do colhedor.  Observando esse trabalho exaustivo dos trabalhadores procurou-se uma maneira de agilizar esse processo através da inovação com a criação da Climbot - Colheitadeira automática de açaí.

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Foto: Divulgação/Agranus

A colheita do açaí é uma atividade que envolve muita técnica e é repassada de geração em geração no coração da floresta amazônica, envolve muita habilidade e é feita com a técnica da “peçonha”, uma cinta feita de fibra vegetal que é presa aos pés do colhedor.  Observando esse trabalho exaustivo dos trabalhadores procurou-se uma maneira de agilizar esse processo através da inovação com a criação da Climbot – Colheitadeira automática de açaí.

A ideia é da Agranus, uma startup que se destacou no cenário da inovação em Roraima e na Amazônia ao participar dos programas desenvolvidos pela Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima) em parceria com o Sebrae. O CEO da empresa, Carlos Johnatan Coutinho, conta como foi a trajetória nos projetos de fomento à inovação que fizeram a diferença na consolidação da startup no mercado.

“Nossa participação no programa Inova Amazônia em 2022 foi um marco significativo para nós, pois essa iniciativa não apenas nos proporcionou acesso a um conhecimento valioso e uma rede de contatos, mas também nos aproximou de outras startups e iniciativas que compartilham a visão de transformar a Amazônia em um polo de inovação sustentável. O programa foi essencial para fortalecer nossas capacidades e nos inspirar a buscar soluções criativas e eficazes para os desafios enfrentados na nossa região”, conta

De acordo com a startup, a colheitadeira automática de açaí é a primeira do Brasil que possibilita uma colheita automatizada com uma velocidade maior e mais segura que a colheita tradicional realizada manualmente. A empresa apresenta um modelo de negócio para tornar a tecnologia acessível a todos, por meio do aluguel dos equipamentos, buscando uma colheita segura e eficiente para um número maior de trabalhadores.

Além da participação no Inova Amazônia, a Agranus também participa do Centelha Roraima onde recebe o acompanhamento como projeto contratado, o que já tem rendido bons resultados.

“A participação no Centelha RR foi fundamental para alcançar a maturidade necessária o que nos permitiu, em 2024, sermos selecionados para receber investimento do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), uma política pública da SUFRAMA coordenada pelo Idesam. Esse investimento representa um forte indicativo de que estamos no caminho certo e que a inovação é, de fato, uma prioridade no desenvolvimento regional”, destaca Carlos.

A colheita do açaí representa uma importante fonte de renda para as comunidades ribeirinhas, que dependem dessa atividade tanto para o sustento quanto para a conservação ambiental. Inovações tecnológicas e organizacionais que respeitem a prática tradicional dos coletores e tragam mais segurança, eficiência e qualidade de vida são essenciais para manter viva a cultura amazônida.

“A trajetória da Agranus é um testemunho do impacto que projetos de fomento à inovação podem ter na nossa comunidade e no nosso Estado. Graças a essas iniciativas, conseguimos não apenas desenvolver nosso negócio, mas também contribuir para o fortalecimento do ecossistema de inovação em Roraima”, finaliza.

Sobre o Programa

O Programa Centelha visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. Aos projetos selecionados, o Programa oferece capacitações, recursos financeiros e outros tipos de suporte, a fim de impulsionar a transformação de ideias em negócios de sucesso.

A iniciativa é promovida pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), em parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) e a Fundação CERTI.