Rádio Roraima

CARINHO E ATENÇÃO

Amor em pequenos gestos marca o Dia das Mães na Maternidade

No coração do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, o Dia das Mães deste ano está marcado por gestos de amor que vão muito além do cuidado rotineiro.

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Foto: Neto Figueredo

No coração do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, o Dia das Mães deste ano está marcado por gestos de amor que vão muito além do cuidado rotineiro.

Com iniciativa e criatividade, as servidoras da unidade têm dedicado momentos especiais para produzir touquinhas coloridas e cheias de carinho para os pequenos que estão se preparando para deixar a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

Essas touquinhas, que inicialmente surgiram como uma solução prática para um desafio técnico na terapia intensiva, tornaram-se símbolos de afeição e cuidado.

Tudo começou com a necessidade de adaptar os equipamentos de suporte ventilatório para os bebês, que frequentemente não se ajustavam bem devido ao tamanho padrão das toucas que acompanham o kit de CPAP (Aparelho para Terapia da Apneia do Sono).

Percebendo a dificuldade, fisioterapeutas, enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade propuseram uma solução inovadora: usar malhas tubulares ortopédicas, que possuem mais elasticidade, para produzir toucas que se ajustassem melhor a diferentes tamanhos de cabeças.

Esta adaptação não só facilitou a fixação das traquéias de ventilação como também ofereceu mais conforto e calor para os recém-nascidos.

INSPIRAÇÃO PARA OUTRAS INICIATIVAS

Inspiradas pelo sucesso dessa iniciativa, outras equipes da Maternidade adotaram a ideia e começaram a incluir pequenos adereços nas touquinhas, especialmente em datas comemorativas, como Natal e Páscoa.

Agora, com a aproximação do Dia das Mães, as touquinhas receberam um toque especial com laços e detalhes que tornam cada peça única.

A enfermeira Roberta, uma das entusiastas do projeto, compartilhou como a equipe se sente motivada pelos feedbacks positivos das mães, que muitas vezes guardam as touquinhas como uma lembrança preciosa dos primeiros dias de vida de seus bebês.

“É emocionante. Cada dia aqui dentro é uma vitória. São pequenos detalhes, mas que fazem toda a diferença. É algo que fazemos com muito amor, entre uma atividade e outra, porque vemos o quanto isso aquece o coração das famílias. É amor, carinho, dedicação, cuidado e por trás disso tudo tem uma mãe e um pai reaprendendo a viver com o coração fora do peito”, disse Roberta.

Esse gesto simples mas repleto de significado ressalta o compromisso da Maternidade em oferecer não apenas cuidados médicos de alta qualidade, mas também um ambiente acolhedor e amoroso para os primeiros dias de vida dos novos cidadãos da comunidade.

“Foi algo mágico, que não sei nem explicar”, declarou Andressa Barroso, mãe de primeira viagem aos 22 anos. Ela está na expectativa da filha ganhar alta médica da unidade. A pequena Ana Júlia Galvão, de apenas seis meses, está atualmente sob os cuidados da equipe da UTIN.

“Foi algo mágico, que não sei nem explicar. Eu fico até emotiva, pois havia o risco dela não sobreviver [por ser prematura]. Assim que ela nasceu, [a equipe] correu para colocar o CPAP, para ela poder respirar melhor e levá-la para UTIN”, disse a paciente.

Para receber alta, Ana Júlia precisa atingir o peso de 2 kg, que é a meta preconizada pelo Método Canguru do Ministério da Saúde. Atualmente, com dois meses, ela está com 1,490 kg.

“Estamos esperando só ela alcançar o peso adequado para poder ir para casa e passar o dia das mães em casa. Eu acredito que vai ser um momento muito único o primeiro dia das mães da minha vida”, ressaltou Andressa.

Segundo a coordenadora de enfermagem da UTIN, Cleide Alves, a unidade possui serviços de fisioterapia e fonoaudiologia, além da equipe do serviço social, enfermagem e médica.

“Temos uma equipe bem treinada, humanizada e sensível, a equipe multiprofissional, pautada no manual do Método Canguru, que são as ações que normalizam o cuidado com esse prematuro. Trabalhamos com o objetivo da alta segura, com qualidade e assistência humanizada, tanto para a mãe quanto para o bebê até a sua alta”, destacou a profissional.

Para Andressa, os esforços da equipe da UTIN fizeram toda a diferença no cuidado em saúde de sua filha.

“Ela teve infecção, teve um começo também de trombose, ela quase faleceu, mas não foi, devido a equipe ter sido muito ágil com a medicação. Desde o momento que eu entrei ali na frente eles me atenderam, fui direto para o Girassol e começaram o meu tratamento”, pontuou a jovem mãe.