Nesta sexta-feira, 17, a Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima), em parceria com o Governo Federal, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Iniciativa Amazônia+10 lançaram oficialmente a Chamada Expedições Científicas. O edital irá disponibilizar R$ 59,2 milhões para financiar pesquisas voltadas à expansão do conhecimento científico da sociobiodiversidade sobre áreas pouco conhecidas da maior floresta tropical do mundo.
Além do lançamento, será promovido uma solenidade sobre o edital no dia 23 de novembro, no salão nobre Augusto Cardoso. De acordo com o presidente da Faperr, o edital visa fazer um levantamento de missões científicas na região da Amazônia legal.
“O intuito é justamente estudar os miomas, os minérios e outros assuntos relacionados à Amazônia, viabilizando os recursos para projetos científicos na região, articulando grupos de pesquisa que combinam pesquisadores locais com outros estados. A Faperr tem orgulho de participar dessa iniciativa que certamente trará grandes benefícios científicos e tecnológicos para nossa região”, destacou.
Neste edital, 19 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa aderiram à chamada, sendo elas dos nove Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso), além das FAPs do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Outras agências nacionais e internacionais ainda podem se somar à Chamada de Expedições Científicas até o dia 31 de dezembro de 2023.
O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, ressaltou sobre a preservação da Floresta Amazônica e o desenvolvimento de sua economia de forma sustentável, não predatória, depende fortemente do conhecimento científico local. “O Programa Iniciativa Amazônia+10 visa viabilizar recursos para projetos científicos na região, articulando grupos de pesquisa que combinam pesquisadores locais com de outros Estados. O CNPq orgulha-se em participar desta iniciativa que certamente trará grandes benefícios científicos e tecnológicos para a região”, disse.
O prazo para submissão de proposta é 29 de abril de 2024. Mais informações sobre o edital pelo site oficial da Faperr.
EDITAL
Os projetos submetidos à avaliação devem contar com pesquisadores responsáveis de pelo menos dois dos 19 estados cujas FAPs aderiram a essa chamada, sendo que um deles deve obrigatoriamente estar vinculado a instituições com sede nos Estados da Amazônia Legal. O edital também prevê ainda a inclusão na equipe de pesquisa de pelo menos um integrante PIQCT (Povos indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais), detentor do conhecimento tradicional relacionado ao território que será estudado.
As propostas devem ser voltadas para expedições científicas multidisciplinares na região da Amazônia por um período de até 36 meses e o valor mínimo de cada projeto contemplado será de R$ 400 mil – não havendo limite máximo (Saiba mais detalhes no texto completo da chamada). Será disponibilizado um roteiro que explica o passo a passo para submissão da proposta na Plataforma Carlos Chagas, do CNPq.
Dos R$ 59.250.000 previstos nesta chamada, R$ 30 milhões serão alocados pelo CNPq exclusivamente para pesquisadores com vínculo formal com alguma instituição localizada em um dos Estados da Amazônia Legal.
A INICIATIVA
A Iniciativa Amazônia+10 apoia projetos de pesquisa em colaboração voltados à conservação da biodiversidade e adaptação às mudanças climáticas, à proteção de populações e comunidades tradicionais, aos desafios urbanos e à bioeconomia como política de desenvolvimento econômico na região. Na primeira chamada de propostas, lançada em junho de 2022, foram selecionados 39 projetos de pesquisa na região.
Os estudos apoiados no âmbito desta Iniciativa devem avançar o conhecimento científico sobre a Amazônia e, conjuntamente com atores relevantes para as formulações de políticas públicas, atrair investimentos públicos e privados de forma a promover o bem-estar das populações da região de forma consistente e a longo prazo.
A Iniciativa tem o objetivo de, nos próximos anos, investir mais de R$ 500 milhões em pesquisa na Amazônia.